Vice-líder da Fórmula Truck, Felipe Giaffone deixou escapar a ponta do Campeonato Brasileiro pela segunda vez na temporada. A primeira foi em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, quando ele teve problemas e marcou somente um ponto, e a segunda agora, quando novo problema – desta vez em somente uma fase da corrida – o deixou em segundo lugar. Experiente, ele sabe que o título ainda está em aberto, pois nas três provas finais serão 159 pontos e disputa (53 em cada uma das três provas restantes) e muita coisa pode acontecer.

Neste momento ele tem 264 pontos contra 278 de Paulo Salustiano e 263 de Leandro Totti. Com isso, a oitava etapa de 2015, marcada para o dia 4 de outubro em Guaporé, interior do rio Grande do sul, pode ser uma espécie de divisora de águas entre aqueles que se manterão na briga pela conquista e os que só terão chances matemáticas.
“Depois da quebro do turbo do meu Volkswagen Constellation, tenho de buscar o chão perdido. A vantagem que vejo é que deixei de usar o restritor máximo, que me provocava perda de cerca de 70 cavalos no motor e vou usar um que me deixa com cerca de 50 HP a menos. Com isso, minha diferença para o Salustiano será de muitos cavalos. Espero que essa diferença seja sentida no final da reta de Guaporé, onde temos uma freada forte“, disse Giaffone.

Experiente, Giaffone, que vem de uma família com gasolina e diesel nas veias (seu pai, tio e primos têm um longa história no automobilismo brasileiro), destaca a quantidade de pontos ainda em jogo e não descarta totalmente os pilotos com possibilidades matemáticas. Ele explica.

“É difícil, pois tudo precisa dar errado para os três primeiros, e o Fogaça, que é o quarto colocado, teria de vencer em Guaporé para entrar diretamente na briga pelo título. Em automobilismo tudo é possível e a gente não pode descartar. Em Curitiba tive a sorte de meu turbo ter quebrado na segunda fase. Se tivesse sido na primeira a diferença do Salustiano seria muito maior“, completa.

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Texto: Milton Alves
Créditos das Imagens: Orlei Silva