Vencer. Este é o único verbo que Felipe Giaffone quer conjugar na nona e penúltima etapa da temporada da Fórmula Truck, marcada para o dia 9 de novembro no Autódromo de Cascavel. O motivo de Giaffone, normalmente focado e tranquilo, tomar essa radical decisão está ligado à sua situação no Campeonato Brasileiro.

Em terceiro lugar na classificação geral com 264 pontos, ele sabe que o único resultado que pode mantê-lo na briga pelo tetracampeonato é subir no lugar mais alto do pódio e, de preferência, além de marcar os 53 pontos possíveis na cidade do Oeste paranaense, contar com resultados não tão bons dos diretos adversários. A liderança e do seu companheiro na RM Motors, Leandro Totti (303 pontos), seguido por Paulo Salustiano, com 287.

“Na situação atual, não tenho muito que pensar no campeonato, em fazer contas e tal. Preciso correr para ganhar se ainda quiser chegar ao título deste ano. O regulamento da temporada privilegia os mais regulares e apesar de ter três vitórias e dois segundos lugares, em todas as outras não terminei, o que é péssimo, pois deixei de marcar importantes pontos nas duas fases”, explica Felipe Giaffone numa referência ao regulamento implantado nesta temporada na Fórmula Truck.

Outro problema que o tricampeão (2007, 2009 e 2011) enfrenta é seu caminhão Volkswagen Constellation. Em Guaporé, na oitava etapa, ele e Beto Monteiro se chocaram e a equipe teve de desmontar todo o bruto, como explica o piloto.

“Meu caminhão estava competitivo, mas depois dessa batida forte, não sei como estará, pois tiveram de realinhar o chassi e trocaram a cabine inteira. Foi uma pancada forte. A situação é tão complicada que a equipe vai treinar terça e quarta em Londrina e eu não poderei ir justamente por meu caminhão ter sido totalmente desmontado e não estar pronto. Isso pesa muito nesta fase do campeonato”, avalia Felipe, que é mais um dos muitos pilotos que destacam o prazer de guiar nos 3.058 metros do veloz traçado de Cascavel.

Texto: Milton Alves
Imagens: Orlei Silva